Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 51 nº 5 - Set. / Out.  of 2018

ARTIGO ORIGINAL
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Page(s) 287 to 292



Epidemiologia e achados por imagem que podem interferir na detecção da ureterolitíase na ultrassonografia

Autho(rs): Daniela Rebouças Nery1; Yves Boher Costa2; Thais Caldara Mussi3; Ronaldo Hueb Baroni3

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Texto em Português English Text

Descritores: Ureterolitíase; Ultrassonografia; Tomografia computadorizada; Índice de massa corporal.

Keywords: Ureterolithiasis; Ultrasonography; Tomography, X-ray computed; Body mass index.

Resumo:
OBJETIVO: Identificar achados epidemiológicos e de imagem em pacientes com suspeita clínica de ureterolitíase que afetam a detecção do cálculo no ultrassom (US), comparado com a tomografia computadorizada multidetectores (TCMD).
MATERIAIS E MÉTODOS: Procuramos, em nosso banco de dados, por pacientes que realizaram US no serviço de emergência, seguido por TCMD (se US negativo), por suspeita de ureterolitíase. Os pacientes foram divididos em: 1) US positivo; 2) US negativo e TCMD positiva; 3) US e TCMD negativos. Avaliamos idade, sexo, lateralidade, localização ureteral, índice de massa corporal, diâmetro e densidade do cálculo.
RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 292 pacientes. Constatamos que 53,1% das ureterolitíases foram detectadas por US (grupo 1), 15,7% apenas por TCMD (grupo 2), e em 31,2% ambos os métodos foram negativos (grupo 3). Idade, sexo, lateralidade e densidade do cálculo pela TCMD não tiveram diferença significativa entre os grupos. No grupo 1, ureterolitíase foi detectada, preferencialmente, em localização distal, e fora do ureter distal no grupo 2. O índice de massa corporal foi significativamente maior em pacientes do grupo 2, comparado ao grupo 1. O diâmetro do cálculo detectado no grupo 1 foi significativamente maior do que no grupo 2.
CONCLUSÃO: Índice de massa corporal, diâmetro e localização do cálculo no terço distal do ureter foram os principais fatores que contribuíram para a detecção do cálculo pelo US.

Abstract:
OBJECTIVE: To identify, in patients with clinical suspicion of ureterolithiasis, epidemiological and imaging features that affect calculus detection on ultrasound, as well as to compare ultrasound with multidetector computed tomography (MDCT).
MATERIALS AND METHODS: We searched our database for patients who underwent ultrasound, followed by MDCT (if the ultrasound was negative), for suspected ureterolithiasis in an emergency setting. Patients were divided into three groups: positive ultrasound (US+); negative ultrasound/positive MDCT (US−/MDCT+); and negative ultrasound/negative MDCT (US−/MDCT−). We evaluated age, gender, ureterolithiasis laterality, location of the calculus within the ureter, body mass index, calculus diameter, and calculus attenuation on MDCT.
RESULTS: Of a total of 292 cases of suspected ureterolithiasis, 155 (53.1%) were in the US+ group, 46 (15.7%) were in the US−/MDCT+ group, and 91 (31.2%) were in the US−/MDCT− group. There were no significant differences among the groups in terms of age, gender, ureterolithiasis laterality, and mean MDCT attenuation values. Distal ureterolithiasis was most common in the US+ group, and calculi at other ureteral locations were more common in the US−/MDCT+ group. The mean body mass index was significantly higher in the US−/MDCT+ group than in the US+ group, and the mean calculus diameter was significantly greater in the US+ group than in the US−/MDCT+ group.
CONCLUSION: A high body mass index, large calculus diameter, and calculus location in the distal third of the ureter are the major factors favoring ureterolithiasis detection on ultrasound.


 
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