Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

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Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 35 nº 6 - Nov. / Dez.  of 2002

PONTO DE VISTA
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Page(s) 340 to 340



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Angiografia do abdome por ressonância magnética através do pós-processamento de imagens axiais 3D após o uso do meio de contraste paramagnético por via endovenosa.

Autor: Roberto Blasbalg.
Orientador: Manoel de Souza Rocha.
Tese de Doutorado. FMUSP, 2002.

 

 

Foram realizados exames de ressonância magnética do abdome, com cortes no plano axial e injeção dinâmica do meio de contraste endovenoso utilizando a seqüência 3D "enhanced fast spoiled gradient-echo" (efgre) com saturação de gordura, elaborada para detecção e caracterização de doenças hepáticas difusas e focais.

Características favoráveis desta seqüência para o estudo do abdome incluem seu alto contraste na ponderação T1, cortes finos contíguos com interpolação de 50% de sua espessura com elevada relação sinal-ruído e supressão de gordura efetiva e homogênea. Estes cortes finos e contíguos são obtidos em uma única apnéia, o que aumenta a detecção de pequenas lesões, minimiza erros entre cortes por padrão respiratório inconstante e reduz o efeito de volume parcial. A saturação de gordura diminui artefatos de contorno e melhora a relação contraste-ruído ("dynamic range") na avaliação das vísceras abdominais, determinando melhor contraste T1.

Esta mesma seqüência foi pós-processada em estação de trabalho, com o intuito de gerar angiografias sem custo adicional ou aumento do tempo de exame, em 32 pacientes incluídos de forma seqüencial. A aorta, o tronco celíaco, as artérias mesentérica superior, hepática, esplênica, renal direita e renal esquerda foram adequadamente estudadas utilizando-se algoritmos de reconstrução MIP ("maximum intensity projection") e MPVR ("multiprojection volume reconstruction"). Em uma escala de 1 a 4, em que 1 representa ruim e 4 representa excelente, as médias obtidas para cada artéria foram as seguintes: aorta 4, tronco celíaco 3,73, artéria hepática 3,18, artéria esplênica 3,40, artéria gástrica esquerda 2,25, artéria mesentérica superior 3,72, artéria renal direita 3,69 e artéria renal esquerda 3,73.

A incorporação desta seqüência proposta em exames de rotina do abdome possibilita obter, em um único estudo, a avaliação visceral e reconstruções angiográficas, sem no entanto aumentar o tempo total de exame ou utilizar maior dose de meio de contraste por via endovenosa.

 

 

Medidas normais do hiato esofágico por tomografia computadorizada na população nacional adulta.

Autor: Marcelo Pereira Chaves.
Orientador: Cláudio Campi de Castro.
Tese de Doutorado. FMUSP, 2002.

 

 

O objetivo deste trabalho é determinar a medida do hiato esofágico, através de cortes axiais em tomografia computadorizada, na população normal adulta residente no Brasil, correlacionando-a ao sexo, idade e biótipo dos pacientes. A população estudada não apresentou sintomas associados ao refluxo gastroesofagiano e/ou evidência de doenças acometendo esta região.

Avaliamos 349 pacientes com idade entre 15 e 87 anos. Dois observadores verificaram a medida para avaliar a reprodutibilidade do método. As imagens foram divididas por graus de dificuldade (I, II e III) e foram reprodutíveis nos graus I e II, sendo maiores no sexo masculino e apresentando correlação significativa com a faixa etária, sendo maiores nas mais avançadas. A medida mínima foi de 4,95 mm e a medida máxima foi de 15,28 mm, com média de 9,62 mm e desvio padrão de 2,20 mm. A medida do hiato esofágico, por faixa etária, foi, em média, de 8,48 mm (desvio padrão de 1,80 mm) na faixa de 15 a 28 anos, 9,31 (desvio padrão de 2,50) mm na faixa de 29 a 38 anos, 9,44 (desvio padrão de 1,98) mm na faixa de 39 a 48 anos, 9,83 (desvio padrão de 2,36) mm na faixa de 49 a 58 anos, 9,40 (desvio padrão de 2,15) mm na faixa de 59 a 68 anos, 10,44 (desvio padrão de 2,50) mm na faixa de 69 a 78 anos e 10,76 (desvio padrão de 3,20) mm na faixa de 79 a 88 anos. Houve diferença significativa entre a faixa etária de 15 a 28 anos e as faixas de 49 a 58, 69 a 78 e 79 a 87 anos (p < 0,05).


 
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