Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

Abordagem modificada na caracterização de nódulos adrenais utilizando um protocolo padrão de ressonância magnética abdominal

Autho(rs): António P. Matos¹; Richard C. Semelka²; Vasco Herédia³; Mamdoh AlObaidiy⁴; Filipe Veloso Gomes⁵; Miguel Ramalho¹

Texto em Português English Text

Descritores: Adenoma; Neoplasias adrenais; Realce de imagem; Meio de contraste; Ressonância magnética.

Keywords: Adenoma; Adrenal gland neoplasms; Image enhancement; Contrast media; Magnetic resonance imaging.

Resumo:
OBJETIVO: Descrever uma abordagem modificada para a avaliação de nódulos adrenais utilizando um protocolo padrão de ressonância magnética abdominal.
MATERIAIS E MÉTODOS: A nossa amostra foi composta de 149 indivíduos (132 adenomas e 40 não adenomas). O índice de intensidade do sinal adrenal foi calculado. As lesões foram agrupadas em três grupos de acordo com o tempo de wash-in até atingir o pico de realce (arterial, tipo 1 PE; portal-venoso, tipo 2 PE; ou intersticial, tipo 3 PE). O wash-out relativo e o absoluto foram calculados. O teste t de Student foi utilizado para examinar diferenças entre adenomas e não adenomas. A análise da curva ROC foi realizada.
RESULTADOS: O índice de intensidade médio do sinal adrenal dos adenomas adrenais foi significativamente maior (p < 0,0001). A imagem de fora-de-fase teve sensibilidade de 94,4% e especificidade de 100% para diferenciar adenomas de não adenomas. Do total de adenomas, 47,6% exibiram tipo 1 PE, 48,5% tipo 2 PE e 3,9% tipo 3 PE. Para todos os padrões de realce foram encontradas diferenças significativas para as porcentagens médias de wash-out. Houve tendência para uma melhor diferenciação da lesão utilizando o cálculo absoluto de wash-out para lesões apresentando tipo 1 PE e wash-out relativo para lesões apresentando tipo 2 PE, com sensibilidade e especificidade de 71,4% e 80% e 68% e 100%, respectivamente. A probabilidade calculada de uma lesão pobre em lipídios exibir um padrão tipo 3 PE de ser um não adenoma foi superior a 99%.
CONCLUSÃO: O agrupamento de padrões dinâmicos de realce proporciona elevada precisão diagnóstica na diferenciação de adenomas de não adenomas adrenais.

Abstract:
OBJECTIVE: To describe a modified approach to the evaluation of adrenal nodules using a standard abdominal magnetic resonance imaging protocol.
MATERIALS AND METHODS: Our sample comprised 149 subjects (collectively presenting with 132 adenomas and 40 nonadenomas). The adrenal signal intensity index was calculated. Lesions were grouped by pattern of enhancement (PE), according to the phase during which the wash-in peaked: arterial phase (type 1 PE); portal venous phase (type 2 PE); and interstitial phase (type 3 PE). The relative and absolute wash-out values were calculated. To test for mean differences between adenomas and nonadenomas, Student’s t-tests were used. Receiver operating characteristic curve analysis was also performed.
RESULTS: The mean adrenal signal intensity index was significantly higher for the adenomas than for the nonadenomas (p < 0.0001). Chemical shift imaging showed a sensitivity and specificity of 94.4% and 100%, respectively, for differentiating adenomas from nonadenomas. Of the adenomas, 47.6%, 48.5%, and 3.9%, respectively, exhibited type 1, 2, and 3 PEs. For the mean wash-in proportions, significant differences were found among the enhancement patterns. The wash-out calculations revealed a trend toward better lesion differentiation for lesions exhibiting a type 1 PE, showing a sensitivity and specificity of 71.4% and 80.0%, respectively, when the absolute values were referenced, as well as for lesions exhibiting a type 2 PE, showing a sensitivity and specificity of 68.0% and 100%, respectively, when the relative values were referenced. The calculated probability of a lipid-poor lesion that exhibited a type 3 PE being a nonadenoma was > 99%.
CONCLUSION: Subgrouping dynamic enhancement patterns yields high diagnostic accuracy in differentiating adenomas from nonadenomas.

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