Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 55 nº 4 - Jul. / Ago.  of 2022

ARTIGO ORIGINAL
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Page(s) 236 to 241



O ultrassom guiado por telemedicina realizado por clínicos gerais não treinados pode ser viável em uma situação de risco de vida: o caso de um hospital de campanha durante a pandemia de COVID-19

Autho(rs): Tarso Augusto Duenhas Accorsia; Karine De Amicis Limab; José Roberto de Oliveira Silva Filhoc; Renata Albaladejo Morbeckd; Carlos Henrique Sartorato Pedrottie; Karen Francine Köhlerf; Fabio de Castro Jorge Racy2,g; Eduardo Cordiolih

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Texto em Português English Text

Descritores: Telemedicina; Sistemas automatizados de assistência junto ao leito; Ultrassonografia; Emergências; Infecções por coronavírus.

Keywords: Telemedicine; Point-of-care systems; Ultrasonography; Emergencies; Coronavirus infections.

Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a viabilidade da orientação por telemedicina de médicos in situ não treinados na avaliação ultrassonográfica de múltiplos órgãos mediante protocolo padronizado, durante uma situação de risco de vida em hospital de campanha.
MATERIAIS E MÉTODOS: Avaliamos 11 pacientes com choque e/ou dispneia de manifestação aguda durante a internação, cujos clínicos gerais solicitaram auxílio de especialista a distância.
RESULTADOS: Todos os médicos aceitaram o protocolo e, posicionando o transdutor, obtiveram imagens-chave da veia jugular interna, pulmão e veia cava inferior, quando guiados por um médico via telemedicina, que interpretou os achados desses órgãos. No entanto, apenas quatro (36%) médicos in situ obtiveram a imagem-chave apropriada do coração na janela paraesternal do eixo longo esquerdo e três (27%) tiveram imagem remotamente interpretada imediatamente. O tempo de avaliação variou de 7–42 minutos (média de 22,7 ± 12 minutos).
CONCLUSÃO: Em situação de risco de vida, os clínicos gerais não treinados podem ser corretamente orientados por especialistas em telemedicina para realizar ultrassonografia multiórgãos in situ, melhorando o diagnóstico beira do leito.

Abstract:
OBJECTIVE: To evaluate the feasibility of telemedicine using a standardized multiorgan ultrasound assessment protocol to guide untrained on-site general practitioners at a field hospital during a life-threatening crisis.
MATERIALS AND METHODS: We evaluated 11 inpatients with shock, with or without acute dyspnea, for whom general practitioners spontaneously requested remote evaluation by a specialist.
RESULTS: All of the general practitioners accepted the protocol and were able to position the transducer correctly, thus obtaining key images of the internal jugular vein, lungs, and inferior vena cava when guided remotely by a telemedicine physician, who interpreted all of the findings. However, only four (36%) of the on-site general practitioners obtained the appropriate key image of the heart in the left parasternal long-axis view, and only three (27%) received an immediate interpretation of an image from the remote physician. The mean evaluation time was 22.7 ± 12 min (range, 7–42 min).
CONCLUSION: Even in life-threatening situations, untrained general practitioners may be correctly guided by telemedicine specialists to perform multiorgan point-of-care ultrasound in order to improve bedside diagnostic evaluation.


 
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